sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ninense fora da Taça em Seniores


In: Correio do Minho

Foram precisos 120 minutos de jogo e oito grandes penalidades para o Ruivanense confirmar a passagem à terceira eliminatória da Taça Associação de Futebol de Braga. Depois de um frenético jogo na primeira ‘mão’ [3-3], o segundo duelo não trouxe tanto espectáculo, mas confirmou um Ninense da I divisão de grande nível, que em nada ficou aquém do adversário da Divisão de Honra. Pelo contrário. A equipa de João Salgueiro dominou todo o jogo, marcou cedo, poderia mesmo ter goleado, mas a falta de eficácia, seis claras oportunidades de golo desperdiçadas e um lance de Ricardo, em cima dos 90 a empatar o jogo, alteraram o rumo da história. Que terminou apenas na lotaria dos penáltis, com o lateral Ricardo a marcar a grande penalidade decisiva, após falhanço de Hélder, capitão do Ninense.
O jogo começou, praticamente com o golo madrugador de Pedro ( foto), aos sete minutos, após canto de Bruno Santos, a abrir o marcador a favor do Ninense. A equipa famalicense entrou melhou, mais personalizada, perante uma equipa da casa sem alma e argumentos para levar perigo à baliza de João.
O desperdício ninense começou aos 40 minutos, quando Bruninho se isolou e tinha tudo para ampliar, mas demorou na decisão e viu Ricardo cortar para canto um remate com selo de golo. Pouco depois, foi a vez de Nuno atirar por cima de baliza aberta, na sequência de um pontapé de canto de Salgueiro. Do lado do Ruivanense - cujo treinador deixou de fora alguns dos habituais titulares para rodar a equipa - apenas um remate digno de registo durante toda a primeira parte. No reatamento, Tiago Cunha fez entrar Vítor Hugo para dar mais profundidade ao ataque e Tica, que passou para central, e viu a equipa ganhar mais dinâmica, apesar de ter sido, novamente, o Ninense a assumir o jogo. Nuno, de cabeça, atirou à barra e Bruno Silva rematou a rasar a baliza, até que uma falta de Couto sobre Trinca oferece penálti claro à equipa da casa. Chamado a marcar, Stephane permitiu a defesa de João. A pressão ninense voltou em força, com Bruno Silva a cabecear milímetros ao lado e Zé Luís também a desperdiçar o golo com a baliza deserta.
Como em futebol, quem não marca, sofre, o Ninense viu Ricardo fintar dois defesas - num lance que parece ter partido em fora-de-jogo - e atirar certeiro para o empate, obrigando o jogo a prolongamento.
No tempo extra, ambas as equipas procuraram o golo, mas nem Bruno Silva, nem Vítor Hugo e Stephane acertaram no alvo. Nas grandes penalidades, após falha de Hélder, o remate de Ricardo ofereceu os festejos.

“Ficámos a dever a nós mesmos não ter passado a eliminatória, porque jogar como jogámos na casa de uma equipa da Divisão de Honra. Muito mais equipa, muito mais oportunidades, tivemos mais tudo, só que a ineficácia e a estrelinha da sorte não quis nada connosco, porque tivemos no mínimo seis oportunidades para dilatar e não conseguimos. É de uma tremenda injustiça esta não passagem. O nosso objectivo é o campeonato”.

João Salgueiro , treinador do Ninense

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